sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sentença Condenatória de Jesus de Nazaré

Estava lendo umas coisas e achei uma super digna de publicação. Não sabia que existia de fato, uma sentença escrita que condenava Jesus. Geralmente, nos filmes que assisti ao menos, nunca passa a leitura da sentença (se é que foi lida ao condenado). A sentença, apesar de tão cruel pena, nos faz visualizar de onde é que são tirados alguns elementos que compõe sentenças hoje em dia. É fascinante ver a tradição e a história tão presente nos nossos dias. Não sei os institutos jurídicos que eram valorizados naquele tempo, mas já é tema de uma boa pesquisa, não é? 
Outra coisa interessante é que agora sei exatamente a data que Jesus morreu: "[...] no mês de março e dia XXV do ano presente". (risos).
A sentença encontra-se na Biblioteca de Madrid - Espanha.

Sentença firmada contra Jesus - O Nazareno
No ano dezenove de Silvério César, Imperador Romano de todo o mundo, Monarca Invencível, na Olimpíada cento e vinte e um e na Elíada vinte e quarto. Da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Helieus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete do progênito Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro da Babilônia, no ano mil e duzentos e sete, sendo governador da Judéia Quinto Sérgio, sob regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Grandissíssimo, Pôncio Pilatos; regente da Baixa Galiléia, Herodes Antipas, pontífice Sumo Sacerdote, Caifás, magno do Templo Alis Almael, Robas Ascasel, Franchino Centauro; cônsules romanos da Cidade de Jerusalém, Quinto Cornélio Sublime e Xisto Rusto, no mês de março e dia XXV do ano presente
Eu Pôncio Pilatos, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo condeno e sentencio a morte de Jesus, chamado pela plebe - Cristo Nazareno - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Romana - contrário ao Grande Imperador Tibério Cesar. Determino e ordeno por esta que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do Sacro Templo negando tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado e que seja vestido de púrpura e coroado com alguns espinhos e com a própria cruz nos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores e que juntamente com ele sejam conduzidos dois ladrões homicidas saindo logo pela porta sagrada, hoje Antoniana, e que se conduza Jesus ao monte público da Justiça, hoje chamado Calvário, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores que sobre se ponha em diversas línguas este título: "Jesus Nazareno Rex Judeorum". Mando também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.
Testemunhas de nossa sentença: 
Pelas doze tribos de Israel: Rabaim Daneil, Rabaim Joaquim Banicar, Banbasu Laré Peuculari;
Pelo Fariseus: Matumberto.
Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma Lúcio Sextilo e Amácio Chilício.

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